O Melhor Amigo do Meu Irmão- Capítulo 17. Here's To Us

Ir ou não ir? Pensou Nina. E por que ela teria de ligar para a opinião de Ian? A vida é dela, ela faz o que bem entender. Ele faria isso por ela? Não. Ela pensou. Nina refletiu bem e decidiu ir. A festa já havia começado, mas ela não se incomodou, se arrumou normalmente, sem pressa nenhuma. (look da festa.) Ela avisou a mãe e então pegou um táxi, chegando lá, ela viu a casa de Lucas, a propriedade era branca com os detalhes em madeira, grades e um portão de ferro, que protegiam o grande espaço que  continha um terreno vago que no final levava até a casa.





Ao entrar na casa, as luzes piscavam e alternavam entre cores diferentes, havia muita gente, a maioria do colégio, mas alguns de fora. Ela sentiu que estava deslocada, não sabia para onde ir ou com quem ir, a realidade era que ela não tinha alguém que realmente confiasse neste lugar. Ela pensou por um momento se Megan estivesse na propriedade, mas refletiu e ela sabia que Megan não viria a essa festa, pelo menos pelo o que ela a conhecia, sim. Foi boa a escolha que tomou? Nina tinha esse pensamento na mente. Todas as pessoas estavam vestindo roupas sociais, tinha até gente de smoking, parecia que ela estava numa festa em que o traje era roupa formal e ela estava de biquíni. Ela estremeceu ao sentir algum peso em seu ombro, ela se virou e viu o que era ou quem era.

— Você veio! — Michael disse sorrindo e abrindo os braços para um abraço, eles se abraçaram rápido e logo Nina notou o perfume que ele estava usando, era o preferido dela e ele sabia disso.

— Bem.. Aqui estou eu. — Nina sorriu e pôde notar algum clima ali, logo recuou olhando para os lados como se procurasse alguém.

Os dois ficaram sem assuntos, tentando encontrar algum papo no fundo do baú, mas tudo que encontravam seria estúpido de se falar.

— Então... — Nina disse tentando puxar algum assunto.

— Então... — Michael repetiu.

— Acho que o papo esgotou. — Ela riu de leve tirando a mecha de cabelo que estava atrapalhando a visão e a pondo por trás da orelha.

— Vamos falar com o pessoal. — Ele a puxou pela mão, guiando-a até os meninos da sala dela.

— Oi. — Nina acenou com um sorriso para os meninos que se encontravam com bebida na mão e com certeza, já bêbados. Eles responderam, e com certeza, o bafo disse tudo. — Acho que você e eu somos os únicos sóbrios aqui. — Ela sussurrou no ouvido de Michael e ouviu o riso abafado dele. Ela sentiu ele a puxar novamente pelo salão até um sofá, eles se sentaram.

— Pensei que não iria vir. — Ele disse com a cabeça baixa, mas virada em direção a ela.

— Pois é, eu vim. — Nina disse estalando as articulações dos dedos.

— Não precisa ficar nervosa. — Ele disse se ajeitando no sofá.

— O quê? Não estou nervosa. — Ele botou a mão nas de Nina, a fazendo parar com o barulho, no caso irritante. Ela as olhou e se enrijeceu.

— Você sempre estala os dedos quando está nervosa ou não sabe como agir. — Apesar dela ter terminado com ele do dia pra noite, ele ainda sentia algo por ela, os olhos diziam, eram tão concentrados e focados que a faziam querer ficar cega só por um instante. Ele a conhecia tão bem que ela ficava até surpresa. Nina abriu a boca para responder, mas Lucas foi mais rápido interrompendo o papo.

— Hey Nina, posso pegar seu namorado emprestado um minutinho? — Lucas disse com a voz um pouco instável, seu bafo não estava um dos piores, mas dava para sentir.

— Tô procurando o namorado. — Ela disse séria.

— Ok, posso. — Lucas disse já puxando Michael pelo braço e o levando para longe.

Ela se levantou se apertando entre as pessoas que dançavam e procurou por Megan, ela não estava lá, mas Nina queria acreditar que sim. Eu não devia ter vindo. Nina pensou. Enquanto se dirigia pela porta da frente, sentiu alguém a puxando forte pela mão a fazendo voltar e dar de cara com Michael.

— Já vai? — Nina apenas o observou, nada de resposta. Ele ficou um pouco confuso, mas deu um passo a frente em direção a Nina, ela o olhou destemida. — Se não quer responder, tudo bem. E eu sei, a festa está chata, mas vamos conversar,— Com dois passos, ele atravessou a distância entre os dois. — sei lá. Se eu não conseguir te animar, você pode ir embora. — Nina sentiu o deslizar da mão dele em seu braço descendo até sua mão e a segurando. Ela olhou o movimento com um olhar de dúvida e voltou a olhar para ele, abriu a boca para dizer algo mas fez uma pausa para organizar seus pensamentos, Michael esperava que ela dissesse algo, mas ela apenas olhou para o chão, sem falar nada e voltou a selar os lábios. Ele soltou a sua mão, sem esperanças e foi embora, mas parou ao ouvir a resposta.

— Espero que consiga animar. — Ele a olhou por cima dos ombros e abriu um sorriso fraco. Nina andou até ele, o deixando a guiar para onde ele fosse. Eles voltaram a se sentar no sofá que estavam a alguns minutos atrás.

Ela apoiava suas bochechas nos punhos fechados, e firmava seus cotovelos em suas pernas. Nina ia fitando todos que passavam a sua frente com um olhar entediado. Seus cabelos castanhos cobriam seu rosto que já não carregava mais nenhuma animação.

— Eu não sei como eu vou fazer isso. — Michael falou e terminou com um riso abafado.

— Você me conhece, vamos lá. — Nina virou o rosto para Michael ainda com o punho sustentando a face.

— Não importa quantas gracinhas eu faça pra te animar, eu vou conseguir. — Ele sorriu, Nina retribuiu. — Eu lembrei agora de quando — Ele encostou as costas no sofá. — eu te conheci. Eu era novo no colégio e você era tão animada. — Totalmente ao contrário de agora. — Você perguntou meu nome e depois disso, me chamou para fazer companhia a você e os outros no intervalo. 

— É, mas você esqueceu de uma coisa... — Ela se ajeitou, se sentando ereta.

— O quê?

— Esqueceu que depois de eu perguntar seu nome, nós fomos encontrar o pessoal e eu caí na frente de todo mundo, porque escorreguei com o piso molhado. — Ela relembrou com um sorriso no rosto.

— Ah! Meu Deus, aquilo foi muito engraçado. — Os dois soltaram uma gargalhada. — Eu falava que você queria beijar o chão. 

— Falava?!

— É.. Pode ser que um dia desses eu falei. — Os dois riram. — Ah, e quando estávamos correndo e você foi tentar me pegar porque eu estava com sua mochila e quando você estava bem pertinho de mim, eu desviei e você bateu de cara com a parede? — Ele riu alto, Nina tentou esconder o rosto botando a mão na testa soltando gargalhadas.

 — Uma vez eu estava na sua casa e eu tropecei com seu cachorro, aquele dia.. — Michael a interrompeu.

— Na minha casa?

— É.

— Foi quando?

— Na época em que... Namorávamos. — Ela abaixou o tom de voz.

— Ah, lembrei. — Ele sorriu.

— Ah, meu Deus! — Nina falou surpresa com a cara pasma. — Minha música preferida, tenho que dançar! — Nina se levantou e se espremeu no meio da multidão, subiu em uma mesa e começou a dançar. Ela continuava sorrindo ocasionalmente, seus olhos agora estavam fechados enquanto ela se movia no ritmo da música, ela se sentia livre ali. Então seus olhos abriram e ela viu Michael caindo na gargalhada. A música acabou depois de alguns minutos e ela voltou para Michael, se sentou do lado dele com um pulo e um sorriso estampado no rosto.

— Eu que pedi.

— O quê?

— Para o DJ botar essa música, sabia que era sua preferida. — Ele sorriu, ela sentiu uma pitada de vergonha.

— Vai continuar no mesmo colégio ano que vem? — Nina disse tentando puxar assunto.

— Não sei ainda... E você?

— Vou. 

— Você se arrepende? — Ele perguntou com um olhar inocente.

— Me arrependo de quê?
— Você sabe... Se não tivéssemos terminado o namoro aquela noite no elevador — Ele suspirou e a encarou com um olhar triste — Nossas escolhas podiam ser diferentes e agora podíamos estar juntos.

— “Se” ... O termo para opções. — Nina respondeu tentando parecer menos nervosa, esse assunto é passado, mas ele nunca esquecia.  — Não sei se escolhemos os caminhos errados. Sim, podíamos estar juntos. Mas... Quem sabe não foi melhor assim?

— Então você queria mesmo ter terminado? — Ela murchou ao ouvir.

O peso do silêncio amargurou Michael. 

— Vamos mudar de assunto, eu não queria que terminasse as.. — Nina o interrompeu.

— É, mas eu vou ter que ir embora, esse era o horário combinado com a minha mãe. — Ela disse olhando para o relógio no pulso dele. — Tchau. — Ela sorriu rápido e se levantou, quase que correndo até a saída, mas Nina escutou os passos de Michael a seguindo.

— Nina! — Ele falou enquanto corria até ela, ela parou e virou, ele estava na sua frente.

— Michael, eu tenho que ir, foi divertido, mas...

— Olha, eu só queria pedir desculpas, era pra nos divertimos e eu acabei com tudo assim. — Ele deu um passo ficando mais perto dela. — E também queria dizer que foi divertido, você sempre foi.. Cheia de vida. Espero que isso não acabe.

— Eu também. — Ela sorriu fraco. — Eu me diverti, obrigada. — Ela o abraçou.

— Quer que eu a leve para casa?

— Não precisa, eu já chamei um táxi.

— O.k., tchau. — Ele sorriu.

O táxi chegou depois de alguns minutos, Nina entrou nele com a cabeça atormentada. Não era possível ele esquecer e apenas serem amigos? Pois é, não. Pensou Nina. Chegando em casa, os pais já estavam dormindo, ela tomou um banho e se deitou na cama para dormir.

Dia Seguinte/ Domingo, cerca de 18 horas.

— Neens, tem como você dar uma olhada na caixa de correio pra mim? — Michaela, mãe de Nina, disse enquanto preparava algo no fogão.

— Ok. — Nina disse gentilmente e se levantou, ela tinha acordado de bom humor.

— Ah, e bota o lixo pra fora.

— Aproveita que tô de bom humor hoje. — Nina disse pegando o saco preto enorme de lixo.

Ela o levou para fora e pegou mais dois dentro de casa, botou todos dentro da lixeira enorme e foi checar a caixa de correio, ela não estava abrindo, então ela a socou e ela abriu, tinha algumas cartas. Enquanto ela caminhava até a casa, viu as cartas, umas de conta de luz, outra de água, cartas que não a interessavam. Ela botou as cartas no bolso e parou ao ver algo. Tinha uma caixa de bombom e uma carta na porta de casa, ela olhou para os lados procurando alguém. Quando ela saiu para botar o lixo não tinha nada disso, então a pessoa pode ainda estar por perto.

XxXxXx P.O.V.

Estacionei o carro um pouco longe da casa de Nina e peguei a carta junto com a caixa de bombom, andando até a casa dela, a vi saindo para botar o lixo pra fora, me escondi atrás de um carro vermelho e esperei ela voltar para dentro. Quando ela fez o que eu esperava, corri até a casa, cheguei no jardim dela e voltei a andar sem preocupações, escutei um barulho da porta se abrindo e me escondi na parede lateral da casa, botei a cabeça um pouco pra fora, vi que ela estava botando o resto do lixo pra fora, aproveitei o momento enquanto ela carregava o lixo pesado para botar dentro da lixeira e andei tentando fazer o mínimo de barulho, botei os bombons e a carta em frente a porta. Voltei a me esconder no mesmo lugar. A observei pegando as correspondências na caixa de correio e checando enquanto andava até a casa. Mas ela gelou quando viu a entrega na porta, ela tentou achar quem fez, no caso eu, mas escondi minha cabeça e quando voltei a olhar, ela pegou a carta e os bombons, deu uma última checada, procurando alguém, mas eu saí pelos fundos do quintal e depois não sei o que aconteceu, só espero que ela goste.

Nina Dobrev P.O.V.

Procurei quem fez aquilo, mas não tinha ninguém na rua, a não ser das crianças brincando, tentei ver se tinha alguém escondido entre os arbustos ou atrás da casa, mas não achei alguma pessoa. Entreguei as cartas da minha mãe para ela e subi para meu quarto. Abri a caixa de bombom, a marca era da Ferrero Rocher, consequentemente minha preferida. Agora tinha a carta, mas ela não queria abrir. E se tivesse algo que ela que não queria ler ali? Nina ouviu sua mãe a chamar para jantar, ela deixou a carta de lado e desceu.

(...)

Nina estava olhando para a carta a mais de 10 minutos, ela não tinha mais desculpas para deixar pra depois.Então abriu a carta que dizia o seguinte...

"Acho que uma carta teria frases de amor pedindo desculpas ou falando o quanto está com saudades, mas essa aqui só está pedindo uma coisa muito simples: Me encontre no parque principal perto da Biblioteca Municipal às 21 horas, xoxo"

A mente de Nina ficou confusa após ler aquelas palavras. Quem mandou aquela carta? Ela pensava em Michael, mas depois pensou em Ian. Não, Ian não faria isso. Foi Michael! Mas e se fosse Joseph? Ou até outra pessoa. Nina refletiu. Faltavam alguns minutos para 20 horas. Ela iria, a curiosidade de saber quem era e o que a pessoa queria com ela era muita. Nina abriu seu armário e tentou escolher alguma coisa para usar, mas nenhuma era bonita o suficiente, quando percebeu, sua cama estava cheia de roupas emboladas. Ela se sentou na cama e soltou o ar, cansada. Até que percebeu que estava amassando um vestido, se levantou rápido e pegou o vestido, o analisou e... É esse! (link da roupa, que por acaso eu amei.)

...

Alguns minutos depois, Nina desceu a escada com a mão deslizando no corrimão, ela foi até a cozinha onde sua mãe estava; Seu pai e seu irmão estavam no jogo de basquete. A mãe enquanto lia uma revista no balcão, quando viu Nina ficou surpresa e logo após sorriu.

— Mãe, eu vou em uma outra festa. Ok? — Nina disse meio que sem jeito, sua mãe não gostava muito que saísse.

— Outra? Você não já foi em uma ontem? — Michaela se levantou, acabando com a distância entre as duas.

— Sim, é que tem outra hoje e.. — A mãe a interrompeu.

— Ok, mas já são quase 21 horas, tente não chegar tarde, pode ser? — A mãe disse segurando as mãos da filha.

— Ok. — Nina se despediu com um beijo na bochecha e depois entrou no táxi que a esperava.

Cada minuto parecia uma hora, ela estava curiosa para saber quem era, apesar dela ter 98% de certeza que era Michael e 2% que era Joseph. Ela tentou se acalmar, mas a cada segundo ela pegava o celular para ver que horas eram. Por fim, ela conseguiu chegar, agradeceu ao motorista e se sentou no banco da praça, faltavam 10 minutos para 21 horas. A cada pessoa que passava, ela analisava, teve até um senhor que sentou do seu lado de Nina e ela teve a cara de pau de perguntar se era ele. Quando 10 minutos parecem 10 horas... Nina pensou. Ela viu um casal no outro lado da rua, envolvidos e pareciam tão apaixonados, ela ficou os fitando.

— Está esperando por alguém? — A voz familiar soou ao lado de Nina, sentado ao lado dela, ela pulou ao ouvir a voz. Logo ela pôde ver quem era.
— Hey, o que você está fazendo aqui? — Ela perguntou gentilmente para o garoto de olhos claros que olhava para a rua.
— Esperando por alguém. — Ele deu um sorriso de leve.
— É, eu também. — Nina sorriu depois de alguns segundos e voltou a olhar o casal, mas eles já tinham ido embora, ela ficou fitando a rua, os carros passando, pessoas passeando, o cotidiano. Os dois não diziam nada, até que o garoto riu, Nina se incomodou. — Do que você tanto ri? — Nina perguntou sem saber da situação que se encontrava.
— Minha companheira já chegou. — Nina tentou procurar alguém, viu uma menina loira mas ela estava muito distante para ser quem pensava. Então voltou a olhar para ele com um olhar de dúvida e percebeu como ele estava arrumado, seu aroma era embriagante, uma camisa branca coberta pela smoking preto que combinava com a gravata preta, por fim uma calça jeans escura e um tênis preto.
— Quem.. é? — Ela perguntou tentando parecer o menos incherida possível. Mas ele não respondeu, ele a encarava com um sorriso desafiador no rosto. 
— Estou olhando para ela. — Nina ficou pasma ao ouvir as palavras saindo da boca da pessoa que ela menos esperava e nem pôde evitar a expressão. Ela ficou com a boca entre aberta; logo soltou a respiração. Era tão absurdo que ela não conseguia reagir.

— Não me deixe falando com o seu silêncio. Eu posso compreender de forma incorreta. — Ian finalizou, o seu tom de voz era claro e arrepiante. Nina só imaginara uma vez que era Ian, mas as chances eram zero e agora ele dizia ser quem escreveu a carta? Deu os bombons? Que marcou o encontro? Isso era tão improvável, só podia ser uma brincadeira.

TO BE CONTINUED...

Estava esperando tanto pra escrever essa parte *-*

EU NESTE MOMENTO: